14.12.07

Mais momentos de inspiração....



Saiu hoje no jornal O Dia uma reportagem interessante. Fiquei curioso em saber qual a qualificação de quem a assinou.

"O Democratas lançou ontem sua nova logomarca. Anunciou que o símbolo representa um pau-brasil e as cores, as da bandeira brasileira. Muita gente, porém, viu semelhanças entre a nova marca do velho pefelê e a do Partido Conservador britânico. O conceito é o mesmo: a árvore, as letras parecidas e até os tons de azul semelhantes. O nanico Partido Federalista já entrou na Justiça reclamando por ter uma árvore como símbolo. No design moderno, como se vê, nada se cria, tudo se copia."

Achei interessante os argumentos completamente superficiais. Pau-brasil? Cores da bandeira? Aliás, não tem um certo clima de Marca Brasil?

13.12.07

Curitiba 4: Uma surpresa muito agradável

Bom, depois de algum tempo, volto novamente a falar de Curitiba.
Dois são os motivos que me levam a fazê-lo:
1- Estou em dívida com o blog, afinal faz alguns dias que não contribuo com um post.
2- Estou em dívida com Curitiba, afinal já faz tempo que prometi colocar uma coisa boa sobre a cidade. (Até queixas apareceram!!)

O primeiro motivo me faz lembrar que em geral procuramos sempre coisas curiosas, diferentes, engraçadas (às vezes até dramáticas) para postar. Ser um DJ é sair na rua com o olho atento para qualquer coisa que renda um bom post e que dê caldo para uma boa discussão. Talvez por esse mesmo motivo que Curitiba tenha se destacado tanto aqui em nosso blog. Não pela cidade, não pelos designers (vi excelentes trabalhos e pesquisas por lá), muito menos por qualquer implicância com o "espírito curitibano", mas pelo fato de estar numa outra cidade vendo coisas novas, com o olhar muito mais aguçado pelo estranhamento. Por vezes o cotidiano ofusca coisas que para o olhar do estrangeiro acaba saltando aos olhos. Eu fui a Curitiba com os olhos bem abertos e uma câmera fotográfica na mão. Some-se a isso o agravante de estar respirando design a semana inteira por conta dos congressos (uma vez para o P&D e outra para o SBDI).

O segundo motivo não é bem um pedido de desculpas, mas uma oportunidade de mostrar os contrastes comuns nos grandes centros urbanos. Como Jusiticeiros, justiça seja feita: fica evidente que em todas as outras postagens não falei de trabalhos de designers profissionais, mas possivelmente sobrinhos, micreiros ou alguém que sabe "operar um programa gráfico". Contudo, andando pelo centro de Curitiba, me deparei com algo que me chamou muito a atenção: os cartazes das peças do teatro Guaíra.
Antes de seguir a narrativa, abro um parênteses para falar sobre cartazes de peças de teatro.
(Já repararam que apesar de ser uma excelente oportunidade para experimentação visual, muitos designers de cartazes têm o péssimo hábito de seguir os cânones hollywoodianos? É muito comum ver peças gráficas onde o que se vê é uma foto em close-up do artista famoso (global??) em primeiro plano, com o título da peça em letras garrafais. E pensar que o design gráfico se desenvolveu muito a partir dessa mídia. Lembrem-se de Toulouse Lautrec e Alphonse Mucha!!)

Agora, qual não foi minha surpresa ao notar que, das 4 peças em cartaz, os 4 cartazes não eram apenas interessantes individualmente, como também se harmonizaram lado a lado!!


Caso raríssimo e exemplar, não pude deixar passar. Com minha máquina na mão bati a foto imediatamente, pensando "O pessoal lá no Rio tem que ver isso!!".
Algumas críticas podem até ser feitas, mas o que me espanta é que entre mortos e feridos, os 4 se salvam!!
Ponto para Curitiba!!!

12.12.07

Design de Voz?

Na linha do "All is Design", apresento mais uma pérola, dessa vez, sugestão de meu grande amigo e sósia de Billy Wilder, Alexandre Farbiarz.

Com vocês, Dimas Jr., o designer da voz!

Tudo que posso dizer é: "alô, teste, som, som, teste, som, testando... briefing, som, som, testando, briefing... som."

7.12.07

Nos arquivos do Design * (parte 1)

Um dos mais recentes objetos de desejo que se tem falado por aí é o iPhone.

A chance telefonica que você tem para dizer que possui um Apple já levantou uma série de discussões e polêmicas como o caso do bloqueio com a AT&T ou a pouca duração de bateria, mas mesmo assim continua sendo um sonho de consumo para muitos. Pois afinal de contas, o visual dele realmente agrada ao usuário. (assim como as mais recentes máquinas da Apple e o grande sucesso do iPod).

Mesmo com esse frisson, acredito que a tecnologia do iPhone ainda tem muito a evoluir (pelo menos uma bateria mais durável seria ótimo).

Mas uma das coisas que a Apple sabe fazer é um objeto esteticamente agradável. E é impressionante notar como ela "dita" a moda e acompanha os gostos da época.

Nos anos 70-80 começou a ser muito comum adaptar aparelhos telefônicos a personagens. assim nas casas norte-americanas (visto que para ter telefone no Brasil era um suplício) era comum você atender um telefone no formato de Mickey Mouse ou algum outro personagem.

E a Apple na época não estava de fora. A fábrica de computadores, muito antes do iPhone já pensava em seu império e em partir para outras tecnologias além de computadores. Você pode encontrar nas patentes americanas um projeto de um telefone da Apple. Eis aí o desenho deste "primeiro iPhone".


Pode parecer risível, mas pensem bem, eram os anos 80! Se a Apple já tivesse o sucesso que tem hoje, com certeza isso ia vender como água. Aliás, não duvido que venderia HOJE!!!

4.12.07

MAIS sobre a nova marca da Vale (ou como o Girardet atirou no que viu e atingiu o que não viu...)

Saiu na lista Design Gráfico (dG). Cortesia de Armando Fontes ("Contigo" do Design), que por sua vez foi alertado pelo Mario Cardoso, que soltou a bomba em São Paulo no final de semana.




Ao que tudo indica, a Vitelli alega ter dez anos de vantagem na frente da Vale no que diz respeito ao uso da marca. Particularmente, eu só gostaria de saber qual das duas passa o melhor café.


Peço desculpas à Kath já que não faremos referência à citação dela, pois esse comentário já havia corrido algumas listas no dia 1º de dezembro, graças aos referidos designers (o que resolve o nosso dilema de proteção à classe, é claro!). Ao contrário do que a Kath escreveu, os DJ’s não perdoam, mas às vezes se atrasam tanto que a notícia fica velha. Veja bem, alguém tem que garantir o leitinho com soda das crianças...

Saiba mais sobre as fofocas do mundo do Design no website Designe-se <http://www.tododesigner.vai.la/>

Enquanto isso a Vale...



Na coluna do Ancelmo Gois uma observação interessante sobre as semelhanças entre as duas marcas. Coincidência ou possessão demoníaca?

Ainda sobre o Segredo

O que mais me chama atenção no "Segredo" é o fato epistêmico dele não ser mais aquilo que ele deveria ser: um segredo. Por isso pretendo lançar meu livro de auto-ajuda: O Boato. Acho que vou vender ainda mais cópias que Ronda Byrne, a "intelectual" (as aspas são por minha conta, podem ficar com elas) por traz desse "Sucesso" (outra palavra importante para compreender o que está acontecendo por aqui no ocidente).

Antes de ser ainda mais cáustico como de costume, creio que os livros de auto-ajuda são as pérolas do design: excremento encapado com laca. O nome diz tudo. É auto-ajuda. Ou seja, ajuda ao autor. Ed Gungor não satisfeito em saber esse segredo apresenta algo "muito além do segredo". Um segredo sinistrão, como se o segredo não fosse grande o suficiente para todos. Mas a tipografia é a mesma, algo como uma leitura do material promocional do Código Da Vinci... Ah, é isso! Era esse o sucesso editorial da época. Isso explica os selos de cera, os pergaminhos, o homem vitruviano e esse ar de "Senhor dos Anéis". Porque não basta ser segredo, tem que ser um segredo muito, muito velho. Isso em plena Era da Cybercultura.



Não se sabe mais quem é referente do que. Aqui na Lei da Atração (que provavelmente já havia sido escrito antes de Ronda Byrne juntar meio quilo de pseudo-figurões das psudo-ciências para sua pletora transmidiática) temos algo como um Drive Tru do Universo: Peça, Acredite e Receba. Ou seja, não adianta: é só ter um maldito ignorante do segredo dentro do seu avião que 1) ele ou vai se chocar com outro em pleno ar, 2) vai ultrapassar uma avenida atingindo um depósito ou 3) vai cair sobre algumas casas vizinhas ao aeroporto.

Bem feito. Isso é para você não acreditar na Lei da Atração...

Osborn já sabe. No universo iconográfico dos livros de auto-ajuda Tudo é possível. Até mesmo paleta variada em letras garrafais sobre fundo nebuloso...

3.12.07

The dark side of the... WHAT???

O estudante de design carioca e atual tatuador Mário Koller mandou-nos esta magnifica capa de um livro que está chegando às livrarias do Brasil.



Trata-se de uma provável continuação do livro "O segredo" que andou fazendo um certo sucesso tanto aqui quanto no exterior.

De acordo com a sinopse do livro, "você precisa deste livro para compreender como abrir sua vida para um mundo de oportunidades. Na verdade, ele é bem mais do que um livro: é a chave da prosperidade."

Daí entende-se a capa. Um prisma representado cada um de nós e a luz se fragmentando em várias cores representando esse mundo de oportunidades.

A tipografia inicial serve como referência ao livro que deu origem a série e é combinada a uma outra fonte serifada que mostra algo diferente e dando a idéia de segurança nessa prosperidade que se busca.


E buscando referências a exemplo de prosperidade a capa do livro nos remete também a uma outra capa de um LP que faz um gigantesco sucesso até hoje: The Dark Side of the Moon do Pink Floyd que por sinal também teve um livro lançado recentemente aqui no Brasil.



Mais prospero que isso...

PS: Você pode mandar sua idéia, proposta ou sugestão de post para os Designers Justiceiros. É só mandar seu email com imagem ou link para designersjusticeiros@gmail.com dizendo quem é, de onde escreve e se é estudante ou profissional.