25.2.10

Será verdade?

Como navegar em blog alheio não nos basta, vez ou outra recebo pérolas de fontes diversas. Uma recente que me chamou a atenção veio do amigo Leonardo Meireles dentro da linhas das "representações sociais do designer": É uma lista sugerida por Jonas Rafael a partir de um designer mexicano e sem nome (embora não saibamos se é ele mesmo o autor original da lista pois a dita cuja figura no site espaco.com/design assinada por Jonas Rafael), anunciando suas "50 razões para não casar com um designer gráfico". Daí, transcrevo abaixo e comento...

Segundo Jonas Rafael:
"Designers tem uma reputação muitas vezes distorcida pela sociedade, então resolvi compilar essa lista (feita por um designer mexicano) substituindo alguns itens e adicionando outros para você que está pensando em casar com um Designer. Mas lembre-se, não desista de um casamento. Ele não é um empreendimento. É uma loucura! Segue a lista abaixo."
1. Há milhões e milhões de designers no mundo.
2. São egoístas e egôcentricos.
3. Todos têm salários baixos.
4. Não aceitam críticas (recebem mas não as entendem).
5. Eles odeiam outros designers.
6. Não sabem somar nem subtrair quando vão ao mercado.
7. Não sabem mudar uma lâmpada sem fazer um esboço
8. Gostam de ver os créditos completos do filme (e cenas cortadas).
9. Não deixam você decorar a sua casa.
10. Tudo é um grande brainstorm (tempestade de ideias).
11. Você nunca saberá se os documentos e credenciais são reais ou adulterados.
12. Fazem montagem com suas fotos.
13. Mantêm revista e qualquer coisa que tenha fotos no banheiro.
14. Idolatram pessoas totalmente desconhecidas (Banksy, Sagmeister, Basquiat, Paul Rand, etc.).
15. Tira fotos para seu diário todos os dias.
16. Acham que tudo pode ser resolvido com um Shape ou uma nova Layer.
17. Tudo é justificado a esquerda, direito e centro, pelo menos quando estão atrasados.
18. Todos odeiam a fonte “Comic Sans” (e amam Helvetica).
19. Tomam bebidas de qualquer espécie apenas porque gostam da embalagem.
20. Eles roubam placa da rua e orelhões telefônicos.
21. Roubam cartazes de shows e eventos e te fazem passar vergonha.
22. Amam ténis com cores estranhas e bizarras.
23. Usam all star com roupa social e acham o máximo (Cuidado ele pode usar isso no casamento).
24. Tem sempre marcas de tintas em suas mãos.
25. Eles ficam irritados com as palavras: bonito, feio e artista.
26. Eles precisam consultar o Pantone antes de se vestir para saber a combinação correta e para ter um contraste legal.
27. Eles odeiam Office (Word, Excel, PowerPoint, Publisher).
28. Acham que podem salvar o mundo com um cartaz bonito.
29. Eles sempre sabem tudo todo o tempo.
30. Gostam de músicas “Indie” (Aquela música que metade da humanidade nunca ouviu falar).
31. Criam suas piadas locais, e vão rir daquele video que você achou sem graça no Youtube.
32. Lêem livros raros, histórias para crianças e semiótica.
33. Eles gastam horas incontáveis em seus espaços, rindo sozinhos, com seu computador (geralmente Mac).
34. Sua vida social depende de seus amigos e outro designer.
35. A maioria é viciada em tecnologia, ou seja todo o dinheiro da família vai parar na Apple Store.
36. Eles gostam de camisas com estampas e alguma brincadeira sobre algo atual ou muito retrô.
37. Todos tem suas lojas preferidas, que atendem o publico “Staile”.
38. Eles viram psicopatas quando você diz que design é apenas desenho.
39. Começam a rir sozinho quando pensam em como executar um job.
40. Fumam maconha!
41. Sempre dizem que podem superar o trabalho dos outros.
42. Todos já foram ou cogitarão ser DJs (pelo menos uma vez).
43. Costumam vender tudo que compram, livros, revistas, canetas, camisetas (cuidado você está a venda).
44. Todos tem personalidade geeks e infantis.
45. Gostam de desenhos americanos ou japoneses e passarão horas assistindo.
46. Gostam de mudar de cidade, estado país o tempo todo.
47. Trabalham retocando foto de modelos e olhando mulheres em grande parte do seu tempo.
48. Assistem documentários e vão a museus o tempo todo, não importa o que seja.
49. Fumam Camel porque acham a carteira bonitinha.
50. Tenha sempre um bom sonho, porque eles trabalham a noite.

Engraçadinha a lista, né? Por sorte, também inofensiva. Venho a concordar com alguns itens mais caricatos, mas de maneira geral, a discordar da maioria deles, sobretudo dos mais abrangentes. Parece que o tal designer mexicano ou o próprio Jonas Rafael confunde deveras a dinâmica de nossa profissão, colocando-a sob a sombrinha colorida do marketing ou no quarto escuro da fotografia. Há uma recompilação em acréscimo com sugestão de leitores, mas por não ser canônica ao designer mexicano sem nome, deixo para os leitores mais investigativos.

Por hora, reflito outro 50 motivos para que as moças e os moços ordeiros e de boa índole contraiam matrimônio com designers gráficos, para equilibrar as ofensas. Alguém colabora?

PS: E não, nem todos os designers fumam maconha! E se alguns cogitam ser DJs é porque admiram o blog dos Designers Justiceiros. :)

21.2.10

"Ao menos não utilizaram a mesma foto..."

\ O comentário acima foi feito ontem pela leitora Stephanie Romano, após ter sido chamada atenção para as revistas Veja e Época publicadas ontem, expostas próximas uma da outra em um estande de revistas.

"— Huuummm... você aí do lado não me é estranha..."

Falta de notícias? Falta de originalidade? Falta de prazo? Economia na policromia? Torcida velada pelo Vasco da Gama, em véspera de final? (ou pelo Botafogo?) Acalento à torcida rubro-negra?

Procurei os tradicionais comentários da equipe criativa da Época sobre o elaborado desenvolvimento da capa da semana, mas provavelmente não havia muito o que se dizer a respeito, então todos os blogueiros de lá devem ter sido liberados para assistir ao desfile das campeãs no Sambódromo. Como esse tipo de coisa já deixou de ser novidade, melhor mesmo é discutir a coincidência de capas dos livros do filho da...

20.2.10

Filho da onde?

Uma decisão da Justiça do Rio de mandar recolher a Biografia do nosso presidente fez chamar atenção mais um olhar dos Designers Justiceiros.

A Alegação era que a capa do livro Lula do Brasil – A história real, do Nordeste ao Planalto do Professor Richard Bourne era muito parecida com a atual capa do livro que foi referência ao filme Lula, o Filho do Brasil de Denise Paraná.

Segundo o proprietario da editora Luiz Fernando Emediato. “Em nenhum momento pensei em prejudicar o filme. Estamos mais ajudando a divulgação do longa do que prejudicando. É uma disputa sem sentido que não vai trazer benefício para ninguém”.

Ontem fiz um teste com um amigo mostrando a capa do referido livro. Ele achou que se tratava do livro homônimo do filme. Aliás... curiosamente as 2 capas estavam dispostas uma ao lado da outra na livraria, o que ajudou mais ainda a gerar a confusão.

Eis as 2 capas
Livro de Denise Paraná

Livro de Richard Bourne

No Final das contas, tal decisão serviu na verdade como ótima divulgação de ambos os livros. Eu jamais pararia numa livraria para olha-los se não fosse por esse fato.

Agradeço a nossa vizinha da Casa 101 pela indicação!