29.8.07

Mesma qualidade pelo menor preço

É cada vez mais comum o discurso apelativo de pequenas novas empresas de Design para tentarem entrar a todo custo no mercado.

Agora começam a surgir as propostas das agências virtuais de Design que oferecem pacote pronto, e com os preços mais baixos, mostrando como diferencial o contato com o cliente unicamente por email, preços fixos por serviço e a não cobrança de "preços exorbitantes".

Olha, sem querer entrar na questão se é "certo" ou "errado", mas pessoalmente encontrar com o cliente para mim é um ponto essêncial no projeto, pois cria-se um vínculo que permite que o designer conheça melhor o cliente e vice-versa.

A questão de fixar preços e ainda mais não exorbitantes é polêmica, mas tira mais uma vez a idéia do Design como projeto e gera mais o preconceito do "deseinho para enfeitar o pavão". Afinal de contas cada projeto é um projeto diferente. Uma identidade Visual pode dar mais ou menos trabalho para se fazer e o cliente pode ter um grau de exigência e de refinamento muito maior que outro, por isso não é recomendável fixar um preço por tipo de trabalho (Identidade Visual, Design Gráfico, web...) mas sim analisar cada projeto, os custos para realiza-lo e diante disso colocar um preço justo.

Aliás, exorbitante pra quem? Cobrar 6000 reais para uma empresa de bebidas que vende milhões por dia é exorbitante?

Recentemente fiz um sistema de identidade visual por pouco menos que isso para uma ong e o cliente aceitou sem pestanejar. Aliás é até interessante, pois ele passa a ficar interessado no projeto e este deixa de ser um detalhe para a empresa.

Enfim, no fundo no fundo, a iniciativa até de popularizar o design é nobre, mas uma ingenuidade perigosa pode fazer com que a idéia do "traço bonito" possa vir a superar a idéia do Projeto bem feito.

Mas infelizmene dizem que se conselho fosse bom... seria um projeto de preço exorbitante!!

25.8.07

O Hezbollah em sua versão lúdica...



Outro dia vendo um canal de notícias vi uma reportagem que falava sobre o lançamento de uma versão de um jogo por parte do movimento "político-religioso-fundamentalista" Hezbollah. Isso mesmo, um jogo, chamado "Special Forces 2". Trata-se de um jogo em primeira pessoa estilo "shooter", onde o jogador encarna a pele de um guerrilheiro do grupo e enfrenta tropas israelenses em cidades do Líbano, reeditando o cenário dos combates ocorridos um ano atrás.
Confesso que fiquei curioso com o jogo, não tanto pela polêmica causada (o ocidente evidenemente ficou chocado), mas principalmente pela linguagem usada. Não tive acesso ao jogo, não conheço seu enredo, mas o fato é que essa é mais uma prova de como os jogos eletrônicos fazem cada vez mais parte de nossa cultura, não apenas como fonte de diversão e lazer, mas como meio de difusão de valores.
Muita gente diz no entanto que a temática de certos jogos estimula a violência principalmente nos jovens, e isso me faz pensar. A sociedade ocidental costuma matar em seus jogos uma série de nacionalidades "ameaçadoras", e isso em algum momento foi motivo de preocupação? Certamente o Hezbollah usa o jogo como meio de afirmação de suas ações, mas até que ponto um jogo pode "inspirar" e convencer pessoas? Para nós designers, que trabalhamos com conceito em diferentes meios, incluindo os jogos eletrônicos, qual deve ser nossa postura? E mais. Será que podemos hoje em dia responder isso de maneira mais definitiva?

19.8.07

Imagens do planalto central!


Certo dia dentro de meu carro e à caminho de um shopping center, sou abordado por um entregador de panfletos que me deu esta propaganda típica de terras goianienses, alardeando um importante evento local. De certa forma isso me fez voltar à caça de folhetos, prática que fez parte de minha por muitas vezes quando circulava pelo fétido e saudoso centro do meu rRo de Janeiro.
A marca do evento é bem típica, e remete o universo "country" que infesta o interior de nosso país. Interessante a composição do "peão" em meio a um ambiente arenoso. Na parte de cima e de baixo vemos informações complementares como data e local do evento.
A parte de trás exibe uma série de imagens de duplas sertanejas, indicando os dias em que cada uma vai se apresentar. Também atrás vemos os tradicionais locais de compra de ingressos e as marcas dos patrocinadores, típicos das filipetas de festas dance, trance, techno, rock, punk, forró, xaxado, divulgados em porta de faculdades normalmente.

17.8.07

É pessoal né? só pode ser!!!

CEDAE, Cauê, Rio 2007, Londres 2012... Não basta para eles, se dá pra piorar... eles se esforçam... Segundo o Jornal O Dia eis a logo provisória da candidatura dos jogos Olimpicos de 2016!!!

eu deixo a descrição com eles....

"Para a composição da imagem, a letra "R" de Rio lembra o Pão-de-Açúcar (Jura? que coisa criativa!!!) .
O ano de 2016 é escrito com fonte antiga (?!) em alusão à Grécia antiga, pátria mãe dos Jogos Olímpicos. As outras letras, "i" e "o", em dégradé(?!) do vermelho ao laranja, representam além do calor típico da cidade, o calor humano do povo que acolhe o mundo."

Preciso falar alguma coisa?

9.8.07

Parapanpan... parapanpan!!

Observem, no site oficial dos Jogos Para-panamericanos Rio "200" e "7", a opção "Calendário" e o quadro mostrado.
Difícil visualização não? Mas caaaalma! Nota-se que é um site preocupado com acessibilidade (ainda mais porque são os jogos PARApan-americanos) e logo acima temos uma opção para aumentar o tamanho da fonte e assim, os astigmáticos e miopes, como eu, poderão visualizar melhor do que se trata e então...

Ah! Agora sim!! esse quadro que ninguém enxerga é O Programa!!!

Tem gente aí fazendo Escola!

2.8.07

Aquele que não quer enxergar...

Ultimamente tenho utilizado muito o Metrô do Rio, principalmente depois das criações das linhas para a Barra. Deparei-me então com essa novidade do novo sistema de bilhetagem que está sendo implantado. E da campanha que está sendo feita para o cadastramento das gratuidades.

E depois de viajar umas 15 vezes eu me dei conta de uma coisa interessante ao olhar para a seguinte peça:


Vemos aí uma convocação para que as pessoas Idosas, Portadoras de Necessidades Especiais e estudantes da Rede Pública se cadastrem para ter direito a gratuidade. E para representar o setor das Pessoas com necessidades especiais foi escolhida essa simpática imagem de uma Senhora com Deficiencia Visual e seu cão guia.

É sempre interessante utilizar uma foto representativa do público alvo como forma de identificação. Mas eu me pergunto: De toda uma gama de possibilidades de portadores de Necessidades Especiais, por que escolheram justamente aquela que o público específico não identifica nem mesmo a existência de tal campanha? pois eles obviamente não enxergam os cartazes!

Se pelo menos o cartaz tivesse relevo ou uma versão em Braile ainda vai... mas até onde eu saiba, o Metrô chega mais cedo, vai ao jogo, curte a praia, mas ainda não faz milagres!

Falando em Pan...

Já que é pra manter a unidade do discurso repasso uma colocação de uma Elesbonica Figura conhecida de nosso meio sobre os Ingressos do Pan...

E os do CCBB Elesbão? e os do CCBB?