O que mais me chama atenção no "Segredo" é o fato epistêmico dele não ser mais aquilo que ele deveria ser: um segredo. Por isso pretendo lançar meu livro de auto-ajuda: O Boato. Acho que vou vender ainda mais cópias que Ronda Byrne, a "intelectual" (as aspas são por minha conta, podem ficar com elas) por traz desse "Sucesso" (outra palavra importante para compreender o que está acontecendo por aqui no ocidente).
Antes de ser ainda mais cáustico como de costume, creio que os livros de auto-ajuda são as pérolas do design: excremento encapado com laca. O nome diz tudo. É auto-ajuda. Ou seja, ajuda ao autor. Ed Gungor não satisfeito em saber esse segredo apresenta algo "muito além do segredo". Um segredo sinistrão, como se o segredo não fosse grande o suficiente para todos. Mas a tipografia é a mesma, algo como uma leitura do material promocional do Código Da Vinci... Ah, é isso! Era esse o sucesso editorial da época. Isso explica os selos de cera, os pergaminhos, o homem vitruviano e esse ar de "Senhor dos Anéis". Porque não basta ser segredo, tem que ser um segredo muito, muito velho. Isso em plena Era da Cybercultura.
Não se sabe mais quem é referente do que. Aqui na Lei da Atração (que provavelmente já havia sido escrito antes de Ronda Byrne juntar meio quilo de pseudo-figurões das psudo-ciências para sua pletora transmidiática) temos algo como um Drive Tru do Universo: Peça, Acredite e Receba. Ou seja, não adianta: é só ter um maldito ignorante do segredo dentro do seu avião que 1) ele ou vai se chocar com outro em pleno ar, 2) vai ultrapassar uma avenida atingindo um depósito ou 3) vai cair sobre algumas casas vizinhas ao aeroporto.
Bem feito. Isso é para você não acreditar na Lei da Atração...
Osborn já sabe. No universo iconográfico dos livros de auto-ajuda Tudo é possível. Até mesmo paleta variada em letras garrafais sobre fundo nebuloso...
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