30.10.07
Design Brasileiro é Pastiche? (parte 3)
Coincidências a parte, o assunto surgiu exatamente quando a revista Espanhola EXPERIMENTA faz uma matéria sobre o Design Brasileiro.
E como ela não é de fácil acesso, aqui vai um acesso ao pdf da referida revista. (em Espanhol)
Agradeço ao Guto Lins por disponibilizar a notícia na comunidade Design Brasil do Orkut
Boa Leitura.
27.10.07
Curitiba 3: Design do ponto de vendas
Mais de Curitiba.
É pessoal, onde está Wally?
Tá aqui ó:
Posicionamento estratégico no ponto de vendas?
Ou apenas uma forma de rearfirmar a culpa cristã??
É pessoal, onde está Wally?
Tá aqui ó:
Posicionamento estratégico no ponto de vendas?
Ou apenas uma forma de rearfirmar a culpa cristã??
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26.10.07
Fazendo arte no banheiro.
Mais uma vez viajando pelo blog de um colega aqui já citado, encontrei uma imagem que, por ser realmente escatológico, achei interessante fazer mais do que uma simples indicação.
Trata-se de uma famosa lanchonete de sucos e crepes aqui do Rio. E que, por ter um público-alvo mais "geração saúde" oferece todos aqueles artigos de alimentação para frequentadores de academias.
No entanto este item aqui foi representado de uma forma que me lembra o destino final do produto do que o inicial.
O mais interessante é que no site da empresa, ele é o primeiro item a aparecer.
Continuo a comer por lá, mas acho que este aí eu não como não!
Trata-se de uma famosa lanchonete de sucos e crepes aqui do Rio. E que, por ter um público-alvo mais "geração saúde" oferece todos aqueles artigos de alimentação para frequentadores de academias.
No entanto este item aqui foi representado de uma forma que me lembra o destino final do produto do que o inicial.
O mais interessante é que no site da empresa, ele é o primeiro item a aparecer.
Continuo a comer por lá, mas acho que este aí eu não como não!
19.10.07
Curitiba: o Design Brasileiro é pastiche? v.2.0
Mais de Curitiba.
Estávamos eu e Gabiru, praticamente um mascote dos DJ's, quando adentramos em um Mercadorama, que é uma rede de supermercados local.
Eis que nos deparamos com isso:
Como criar um misto de Cadeira Formiga e Series 7 e banquinho de bar? Tá aí a resposta.
Para quem não conhece o referente, vejam a cadeira Series 7, do designer Arne Jacobsen.
Leia mais aqui. (in engrish)
Detalhe: notem as cadeiras da mesinha. É o mesmo design, mas com pernas diferentes!!
Series 7:
Estávamos eu e Gabiru, praticamente um mascote dos DJ's, quando adentramos em um Mercadorama, que é uma rede de supermercados local.
Eis que nos deparamos com isso:
Como criar um misto de Cadeira Formiga e Series 7 e banquinho de bar? Tá aí a resposta.
Para quem não conhece o referente, vejam a cadeira Series 7, do designer Arne Jacobsen.
Leia mais aqui. (in engrish)
Detalhe: notem as cadeiras da mesinha. É o mesmo design, mas com pernas diferentes!!
Series 7:
Ant Chair:
E afinal de contas...
O Design Brasileiro é pastiche?
16.10.07
Aproveitando a dica do Ricardo, o livro de Jan Tschichold também é um daqueles que devem fazer parte da biblioteca de todo designer. Este é um dos que está na minha lista, e espero ainda hoje já tê-lo em minha prateleira. Jan tem seus formalismos meio radicais eo livro tem uma cara meio de "manual". Com o tempo o autor ficou mais "light", mas as regras por ele apontadas, quando usadas com bom senso, rendem projetos e reflexões interessantes.
Título: Forma do Livro, A – Ensaios sobre Tipografia e Estética do Livro
Autor: Jan Tschichold
ISBN: 978-85-7480-361-6
Editora Ateliê Editorial
15.10.07
Curitiba: Lanchxin Longonete???
Apresento esta imagem para apreciação.
Já havia visto e comentado com várias pessoas no ano passado, mas a foto estava ruim. Felizmente voltei a Curitiba e pude registrar novamente esta pérola da identidade visual:
Já havia visto e comentado com várias pessoas no ano passado, mas a foto estava ruim. Felizmente voltei a Curitiba e pude registrar novamente esta pérola da identidade visual:
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lanchonete
Curitiba: outra questão de naming
Prezados leitores e colegas de blog,
cá estou eu a escrever novamente sobre uma cidade que, sem sombra de dúvida, dá o que falar aqui em nosso blog: Curitiba.
(Quem não se lembra do enigma do pão de queijo?).
Em virtude do 3° Congresso Internacional de Design da Informação e também do 39th international visual literacy annual conference me foi possível mais uma temporada na cidade e, assim, venho relatar algumas situações pitorescas.
Relembrando a questão de naming (tem também essa aqui) apresento a seguinte imagem para reflexão:
Um ponto de venda, mais ou menos caidinho, no centro de Curitiba para alugar.
Agora, atentem para o sugestivo nome da imobiliária:
cá estou eu a escrever novamente sobre uma cidade que, sem sombra de dúvida, dá o que falar aqui em nosso blog: Curitiba.
(Quem não se lembra do enigma do pão de queijo?).
Em virtude do 3° Congresso Internacional de Design da Informação e também do 39th international visual literacy annual conference me foi possível mais uma temporada na cidade e, assim, venho relatar algumas situações pitorescas.
Relembrando a questão de naming (tem também essa aqui) apresento a seguinte imagem para reflexão:
Um ponto de venda, mais ou menos caidinho, no centro de Curitiba para alugar.
Agora, atentem para o sugestivo nome da imobiliária:
12.10.07
Eu sei que muita gente vai acabar pensando que eu sou vendedor ou ganho alguma comissão da Cosac Naify, mas não é o caso. Ontem passando em frente a loja de livros na universidade vejo o livro Grid: construção e desconstrução. O curioso é que já tinha em minha agenda o título desse livro em inglês para as comprar coletivas feitas pelos professores na amazon quando vejo tal título em bom português. Trata-se do recente lançamento da editora Cosac Naify, e que é uma referência para os designers ligados no universo editorial. Já estou recolhendo meus recursos financeiros para as compras.
Grid: construção e desconstruçãoTimothy Samara / Editora Cosac naify
4.10.07
Uma questão semiótica
Dia desses recebi uma filipeta divulgando uma festa.
Olhei, achei estranho, mas não pude identificar o que me incomodava.
Isso aconteceu durante um almoço enquanto discuia o tal impresso com já citado (e famigerado) Gabiru.
De repente me dei conta que não tanto pelo Design em si, mas por uma questão de conteúdos e das implicações que a articulação da mensagem criava.
Portanto, não vou discutir aqui aspectos relativos à forma, mas aspectos comunicacionais, que ao meu ver também são de responsabilidade do designer, retratando sua capacidade comunicativa e também ideológica, e na medida em que reproduz ou sustenta preconceitos.
A questão é a seguinte:
Não me ocorreu guardar a filipeta na hora, portanto reporto ao site do evento onde pude resgatar a imagem que se encontrava na filipeta.
Ao olhar a imagem me ocorreu: apenas mais uma festa, design discreto, loira com cara de atriz pornô..
Ok, a opção 1 ( ou seja, a intenção da comunicação era)
Opção 1- uma festa promovida pela vodka Absolut (sueca) em que as pessoas deveriam ir vestidas de branco.
Tá, mas não é tão óbvio assim.
Vamos observar a articulação dos signos: todos os elementos formais reforçam a idéia da cor branca, seja no fundo com degradê de cinza para o branco, no logotipo em branco, no vestido da donzela e... na cor da pele da donzela.
Depois, pensei de novo e reli o nome da festa:
Absolut White Party.
e o subtítulo (este sim com uma tipografia esquisita e pouco legível): from Sweden with love.
Se ignorarmos que a Suécia é o país natal desta vodka, e entendermos apenas como um "celeiro" de loiras, juntando os outros elementos da mensagem podemos propor a nossa opção 2.
Opção 2- uma festa em resposta à altura daquela camiseta 100% negro. Ou seja, celebrando uma Festa Absolutamente Branca. Afinal, quer algo mais branco que louras suecas?
Tá, pode parecer que estou forçando a barra, mas lembrem-se que o fato de colocar uma loira (e que loira!!) não contribui em nada para a mensagem, além de dar margem a um caráter racista da mensagem. Minha sugestão seria representar multiplas etnias se divertindo numa festa, todas vestidas de branco. Esta sugestão não é pra querer ser politicamente correto, mas para se ter ciência de que é fundamental a observação dos discursos, e que tipos de ideologias traduzem. Não quer dizer que o designer, ou seja lá quem fez a filipeta, seja racista. Mas será que ele refletiu sobre a maneira como através da articulação de texto e imagem cria um discurso que pode reforçar estereótipos e reproduzir preconceitos?
Afnal, com o mesmo título de Absolut White Party, poderíamos colocar também esta imagem:
Olhei, achei estranho, mas não pude identificar o que me incomodava.
Isso aconteceu durante um almoço enquanto discuia o tal impresso com já citado (e famigerado) Gabiru.
De repente me dei conta que não tanto pelo Design em si, mas por uma questão de conteúdos e das implicações que a articulação da mensagem criava.
Portanto, não vou discutir aqui aspectos relativos à forma, mas aspectos comunicacionais, que ao meu ver também são de responsabilidade do designer, retratando sua capacidade comunicativa e também ideológica, e na medida em que reproduz ou sustenta preconceitos.
A questão é a seguinte:
Não me ocorreu guardar a filipeta na hora, portanto reporto ao site do evento onde pude resgatar a imagem que se encontrava na filipeta.
Ao olhar a imagem me ocorreu: apenas mais uma festa, design discreto, loira com cara de atriz pornô..
Ok, a opção 1 ( ou seja, a intenção da comunicação era)
Opção 1- uma festa promovida pela vodka Absolut (sueca) em que as pessoas deveriam ir vestidas de branco.
Tá, mas não é tão óbvio assim.
Vamos observar a articulação dos signos: todos os elementos formais reforçam a idéia da cor branca, seja no fundo com degradê de cinza para o branco, no logotipo em branco, no vestido da donzela e... na cor da pele da donzela.
Depois, pensei de novo e reli o nome da festa:
Absolut White Party.
e o subtítulo (este sim com uma tipografia esquisita e pouco legível): from Sweden with love.
Se ignorarmos que a Suécia é o país natal desta vodka, e entendermos apenas como um "celeiro" de loiras, juntando os outros elementos da mensagem podemos propor a nossa opção 2.
Opção 2- uma festa em resposta à altura daquela camiseta 100% negro. Ou seja, celebrando uma Festa Absolutamente Branca. Afinal, quer algo mais branco que louras suecas?
Tá, pode parecer que estou forçando a barra, mas lembrem-se que o fato de colocar uma loira (e que loira!!) não contribui em nada para a mensagem, além de dar margem a um caráter racista da mensagem. Minha sugestão seria representar multiplas etnias se divertindo numa festa, todas vestidas de branco. Esta sugestão não é pra querer ser politicamente correto, mas para se ter ciência de que é fundamental a observação dos discursos, e que tipos de ideologias traduzem. Não quer dizer que o designer, ou seja lá quem fez a filipeta, seja racista. Mas será que ele refletiu sobre a maneira como através da articulação de texto e imagem cria um discurso que pode reforçar estereótipos e reproduzir preconceitos?
Afnal, com o mesmo título de Absolut White Party, poderíamos colocar também esta imagem:
1.10.07
Mais uma dele...
Permito mais uma vez utilizar esse espaço para divulgar uma observação do Elesbão.
Medo... muito medo
Medo... muito medo
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