30.7.07

Sobre PAN, logomarcas e lombadas: uma questão cultural?

Atendendo à solicitação de nossa querida Kath , e contrariando a resolução do Beluga em não se pronunciar sobre a marca do PAN, pelo fato dos DJ's não aprovarem, resolvi comentar aqui mais um escândalo ligado a marca.
Terminado os Jogos Panamericanos (e eventos esportivos sempre são notícia: veja Londres 2012, o Corredor que vende bikinis) não poderíamos concluir o evento sem garantir uma medalha de ouro para o quesito "logomarcas" (arrrgh).
Como sabemos, ou pelo menos é o que deveríamos aprender, os SIV's (Sistema de Identidade Visual) são planejado por designers para garantir unidade, reconhecimento e identificação da marca. Para tanto, é necessário que se estabeleçam critérios de aplicação da marca, considerando diversos suportes possíveis com o objetivo de que a empresa, instituição ou evento não sejam descaracterizados.
Como já comentamos, o PAN vem esbanjando originalidade (veja os Malvadinhos no Pan e os Pássaros de Matisse) e agora o Kibe Loco (publicado tbm no blog da Kath) apresenta um fato que garante o lugar mais alto do pódio ao PAN pelo conjunto.
Sem querer apontar dedos, ou mesmo denunciar, resolvi então elaborar uma possível hipótese para explicar como um erro tão grotesco pudesse acontecer.
Minha explicação é simples:
Assim como muitos outros serviços do PAN, também a criação e aplicação das marcas f devem ter sido terceirizadas por empresas estrangeiras. Contudo, é provável que a criação ficasse a cargo de uma empresa européia, enquanto a aplicação ficasse a cargo de uma empresa estadunidense.
COMO?
Elementar meu caro Watson: como os designers de livro bem sabem, as lombadas americanas diferem das lombadas européias.
O sentido de leitura europeu favorece o livro na estante, enquanto o modelo americano favorece o livro apoiado sobre a mesa com a capa para voltada para cima.

A única questão é:
será que vão apoiar o púlpito da cerimônia sobre uma mesa com a capa para cima?

3 comentários:

Kath disse...

Excelente, designer Ricardo Artur! Mesmo não havendo uma identidade pronunciativa entre os blogueiros-designers-justiceiros (e indo contra o meu segundo designer favorito desse mundo, o Biel), acho que fez muito bem em postar. Primeiro porque reforça o quão absurdo e relapso foi o tratamento dado ao evento (queria tanto dizer que foi à questão da marca....), mas também para reforçar que esta não é uma postura que caiba a um profissional do ramo. Mais ainda, por levantar a hipótese esclarecendo porque tenho que balançar a cabeça de um lado para o outro para ler meus livros na estante.
Two thumbs up!

Dinnaps disse...

\ Eu tenho que praticar mais. Não levei ouro nem prata no rank dos designers favoritos da Kath...

Daniel Borges disse...

Pior eu que sequer fui citado por ela. Acho que ela só admira a classe dos animadores.