Prosseguindo com a linha editorial do meu nobre e calvino amigo cetáceo, eis que recebo um incrível link de mais uma incrível empresa virtual de fazer design real.
A PixelLogo (vejam que sugestiva alcunha) é um site aparentemente canadense, o que mostra que o problema não é apenas nosso, mas algo de proporções interplanetárias. Com o diria o amigo Rodrigo Água sobre uma patifaria feita (com superbonder) no acabamento de uma guitarra americana: "A pilantrice já é uma rede internacional."
Mas penso: se há oportunidade e espaço, sobretudo alheia ignorância, é juntar fome com a vontade de comer. Cabe a nosotros como grupo de ética e social responsabilidade, reverter o quadro. Não simplesmente apontando tal descompromisso com a terminologia da palavra "design" (projeto), mas sobretudo, realizando obras municiados do que sempre lhes irá faltar: conceito. E eis compromisso que não pode ser vendido. Ou já existem empresas vendendo "conceitos" à bananada?
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10 comentários:
Aleluia, até que enfim o senhor deu as caras por aqui. (Antes as caras que o outro lado né?).
Parece que o assunto está rendendo.
Bom, para esclarecer meu ponto de vista, parto do princípio que a pilantragem existe em qualquer lugar onde habitem humanos. A diferença é que aqui no Brasil esta prática parece ser institucionalizada, legalizada e chancelada pelas autoridades competentes.
É... vou aproveitar esta onda para abrir uma lojinha de conceitos. Quem sabe também não aproveito para vender vergonha na cara por quilo, ética a granel e talvez, quem sabe, algumas dúzias de bom senso.
E eis que Guix Posta...
e Ricardo... Não esqueça de incluir uma pequena dose de competência na lojinha!
Eu acho que espaço existe sim, mas pelo menos no Brasil está sendo ocupado por outros profissionais que não estão necessariamente preocupados com conceito. Ocorre uma "tecnicização" da profissão, e o mercado dos que procuram realmente conceito como solução é cada vez menor. Somos uma categoria desunida, e enquanto brigamos entre nós pelas migalhas, outros tomam nosso lugar, e caracterizam noss profissão segundo os interesses deles. Procuro destacar sempre a importância do conceito nos projetos para meus alunos, mas tenho dificuldade de explicar para eles como competir em um mercado totalmente nivelado por baixo. O acesso ao universo digital por parte de qualquer pessoa esvaziou nossas ações e inutilizou nosso discurso. Acho que precisamos pensar no real valor do nosso trabalho, e em novas estratégias para continuarmos existindo enquanto categoria.
Três comentários me obrigam a escrever mais.
Cometa Halley vem aí!
Esses aí fizeram as aulas de educação artística da escola e ja se consideram designers; hum, que beleza;
é a mesma coisa com o jornalismo. Vemos aí Diego Alemão como repórter do Fantástico. Console-se.
Ah, nada pior que uma marca bonitinha, meu segundo designer favorito sempre me ensinou.
Designer Biel, mau plano esse o seu, competência não se vende, não se estoca, nem se for embalada a vácuo. Concordo com o que Designer Girardet falou, as classe desunidas é que abrem espaço para isso. Vai ver se um advogado sofre esse tipo de coisa, eles são capazes de criar os melhores mecanismos, como o Jurisdiquês, para se fazerem necessários.
O que cabe a nós, profissionais de classe que brigam por migalhas (nào é monopólio de vocês, não) é continuar lutando e achar o caminho. Problema é que se deparam com esse tipo de coisa...
Ainda estou chocado com o fato do Diego Alemão não ser jornalista e aparecer fazendo reportagens no fantástico... Não era para ser assim. Onde esse imundo vai parar?
Vocês se assustam fácil demais com as coisas...
Nem tanto... Mas somos irônicos demais com as coisas. :)
Designers preguiçosos ou Preguiçosos justiceiros?
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