17.11.09

Design vernacular é o futuro

Enfim, meus caros, / dadas as comemorações sobre o Dia do Designer, estive meditando no alto de uma montanha sobre a nossa profissão, e me lembrei de uma foto tirada em 2001, em Praia Seca, Araruama (sede da maior lagoa de água salgada do planeta). Ando muito nostálgico, eu sei... Deve ter sido alguma coisa que eu comi. Skiny ou Doritos original, não sei.



Não são peixes, são galinhas. Qualque um pode afirma isso com um mínimo de certeza na voz.

Mas... A informação lá está.

Dado o cenário atual de inversão de autonomias (o enfraquecimento dos gatekeepers e o privilégio da produção massificada sobre a produção monopolizada), pergunto-me se o designer deixará de ser um profissional para se tornar uma função. Comunicar não é assim tão extraordinário. Até outro dia era um conhecimento estancado por poucos. A discussão deve ir além do modus faciende (porque qualquer um hoje em dia faz) e ir além, em direção às justifictivas. Mas... mesmo as justificativas não são mais tão necessárias... Recentemente fiquei abismado com uma campanha sobre combustíveis cuja marca é um sinal de infinito e cuja justificativa era que a "qualidade era infinita". Ah, bom! Achei que fosse por outro motivo menos óbvio e mais metafísico.

Em resumo... Não há sequer mais espaço para engodo. A comunicação se tornou o próprio engodo. E como tecnicamente qualquer um pode enganar, cá estamos... Planeta Terra, cheia de coisas. Cheinha de designers.

Como o ato faz do sujeito um identificado perante os seus, poderá não ser um título outorgado pelo tempo gasto apreendendo, aquilo que definirá o designer..., mas a sua práxis em um contexto, seja qual for sua formação.

O que vocês aí do outro lado da telinha acham? Caminhamos de mãos dadas para o 2012 do Design?

16 comentários:

Ricardo Artur disse...

Caro colega, você precisa vir de volta para o futuro! Seus posts andam muito demodês.
Se todo mundo já era designer em 2001, agora todo mundo é designer/jornalista/celebridade. A discussão proposta permite retomarmos a "Teoria da Decepção", na sua vertente comunicacional, pois contastamos que a ausência de mensagem onde o engodo aparece. Na atual conjuntora pós-cyber-multi-trans-moderna-contemporãnea-emergente, mais do que nunca, como já dizia McLaren: "o meio é o engodo".

Dinnaps disse...

\ McLaren, o carro da F-1? Mas o carro que falava não era um fusca?

Dinnaps disse...

\ Parabenizo o prof. Xavier por uma das postagens/provocação mais interessantes levantadas no sítio ultimamente. A tecnologia hoje permite a quem quiser se comunicar e projetar, tornando qualquer ideia possível de ser passada adiante. O Design e a comunicação são conhecimentos hoje desvinculados de profissionais e de leis de regulamentação, inclusive. O que faz a diferença, então? E para que serve tudo que tanto se comunica por aí?

Dinnaps disse...

\ Rapidinha: escondida (?) na imagem, há uma marca bastante conhecida. Quem será capaz de identificar marca e autor e comentar aqui?

Bruno Eschenazi disse...

Telerj

Ziraldo


Tem brinde?

Dinnaps disse...

\ Vou providenciar algo...

Ricardo Artur disse...

Que tal um exemplar da revista?
(não podia deixar passar... :P )

Dinnaps disse...

\ O problema é que a primeira tiragem da revista esgotou. Houve muita procura.

Eu ia sugerir um corte de sobrancelha grátis, igual ao seu. Infelizmente estamos sem brindes para homens no momento.
(não podia deixar passar...)

Ricardo Artur disse...

Bom, dá pra fazer uma sombrancelha unissex, se ele quiser...

Guix disse...

Folgo em saber que a chispa labareda tornou-se. Mas pondero...
1) o dito fusca não falava, logo o nome da fita "Se meu fusca falasse...". Erro comum, bastante ordinário até. Tudo o fusca fazia, MENOS falar.
2) a placa está errada. O certo seria: "Se Vende Peixe". Acrescentaria apenas uma reticência e um suspiro de aspirante.
3) a marca da telerj é tão boa que sobreviveu ao tesão da telemar e ao risolis da oi. Mais uma vez, aloisio magalhães rulez.

Ricardo Artur disse...

Mas não foi o Ziraldo que fez?
Porque o Magalhaes rulez?

Eu, hein?! Conversa de surdo... ou chat de cego.

Falando nisso ouviram falar do Twitter do Steve Wonder?
http://www.esquire.com/cm/esquire/images/stevie-wonder-twitter-100309-lg-67100506.jpg

Guix disse...

Todas as marcas do Brasil foram feitas por Aloisio Magalhães. Mesmo as que foram feitas por outras pessoas. É a Lei.

Dinnaps disse...

\ E o dinheiro de cartas de baralho? Foi feito por ele também? Mesmo quando era depositado no banco Itaú (marca do Wollner)? Ou só podia ser depositado no Banco do Brasil? E no Banco Nacional?

Ricardo Artur disse...

João Leite que o diga...

Dinnaps disse...

\ Cara, eu NÃO IA citar nomes!
Ele inclusive fez uma bandeirinha no primeiro projeto de cédulas (ainda não eram as simétricas), quando era estagiário.

Ricardo Artur disse...

ooops, falha minha!